A eleição de 2010 trouxe mudanças significativas para a composição de forças do Senado Federal na próxima legislatura. Além de eleger dois terços da chamada Câmara Alta, o último pleito trouxe para a Casa outras alterações nas bancadas dos partidos, provocadas pela eleição de senadores para o cargo de governador. As mudanças se completaram com a escolha, pela presidente Dilma Rousseff, de senadores para serem ministros de Estado; e com a morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG) no segundo dia do ano.
A mudança mais significativa veio par o DEM, que viu sua bancada despencar dos 13 representantes na atual legislatura para apenas cinco na próxima. O Democratas ficará em quarto lugar em número de representantes no Senado Federal (ao lado do PP e do PR), sendo suplantado pelo PTB.
O partido logrou eleger apenas dois senadores, ambos reeleitos, o líder José Agripino (RN) e o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Demóstenes Torres (GO). Manteve da legislatura passada os senadores Maria do Carmo Alves (SE), Kátia Abreu (TO) e Jayme Campos (MT), mas perdeu as vagas dos já governadores Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC) e do falecido Eliseu Resende, cujos suplentes não pertencem ao partido.
Rosalba foi substituída por Garibaldi Alves (PMDB), pai do atual e reeleito senador Garibaldi Alves Filho, que será o ministro da Previdência. Colombo foi substituído pelo senador Casildo Maldaner (PMDB) e Eliseu terá em sua vaga Clésio Andrade (PR).
Com a posse de Clésio Andrade, o PR também terá cinco senadores na próxima Legislatura, o mesmo que o DEM e o surpreendente PP. Até a legislatura passada, o PP tinha apenas um senador, Francisco Dornelles (PP-RJ). Outros quatro foram eleitos em outubro passado: Ana Amélia Lemos (RS), Benedito de Lira (AL), Ciro Nogueira (PI) e Ivo Cassol (RO). Um crescimento de 400%.
A bancada do PR se completa com os senadores eleitos Blairo Maggi (MT) e Vicentinho Alves (TO) e os reeleitos João Ribeiro (TO) e Magno Malta (ES). O partido poderia ser a quarta maior bancada do Senado, ao lado do PTB, com seis senadores, não fosse o retorno ao Ministério dos Transportes do senador Alfredo Nascimento (AM), novamente substituído pelo primeiro suplente, João Pedro (PT).
Embora o governador capixaba Renato Casagrande tenha sido substituído pela suplente Ana Rita Esgário (PT), o PSB ganhou um senador em relação à bancada de 2006. A partir de 1º de fevereiro, estará representado pelos recém-eleitos Lídice da Mata (BA), Rodrigo Rollemberg (DF) e Antônio Carlos Valadares (SE) - este reeleito para o terceiro mandato consecutivo.
O PSB ainda está atrás do PDT, cuja participação caiu de seis para quatro representantes: os remanescentes João Durval Carneiro (BA) e Acir Gurgacz (RO), o estreante Pedro Taques (MT) e o reeleito Cristovam Buarque (DF).
O senador Inácio Arruda (CE) ganhou a companhia da senadora eleita Vanessa Grazziotin (AM), dobrando a bancada do PCdoB no Senado. O PSOL perdeu o senador José Nery (PA), mas viu eleitos em 2010 Randolfe Rodrigues (AP) e Marinor Brito (PA), também duplicando o número de representantes.
Ao assumir o ministério da Previdência, o reeleito senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) cedeu o lugar ao suplente Paulo Roberto Davim, dando assim continuidade à representação do PV no Senado Federal, atualmente ocupada pela senadora Marina Silva (PV-AC), cujo mandato se encerra em 31 de janeiro. O mesmo acontece com o PSC, que perde o senador Mão Santa (PI), mas ganha Eduardo Amorim (SE), eleito em 2010.
As eleições de Itamar Franco (PPS) e Sérgio Petecão (PMN) também garantem a presença de seus partidos no Senado. O PRB continua representado pelo senador Marcelo Crivella (RJ).
Na situação inversa à do PP, em 2010 o PTB elegeu apenas o senador Armando Monteiro (PE), mas se mantém entre os mais representados, com a permanência, desde a legislatura anterior, de Fernando Collor (AL), Gim Argello (DF), Epitácio Cafeteira (MA), João Vicente Claudino (PI) e Mozarildo Cavalcanti (RR). Com isso, passará a ser a quarta maior força no Senado, superado apenas por PMDB, PT e PSDB.
Na oposição, como o DEM, o PSDB viu sua bancada murchar de 16 para dez senadores na próxima Legislatura, perdendo para o PT a condição de segunda maior bancada. Metade é remanescente da legislatura passada: Marisa Serrano (MS), Mário Couto (PA), Cícero Lucena (PB), Alvaro Dias (PR) e Cyro Miranda (GO) - este assume o mandato do governador de Goiás, Marconi Perillo. Lúcia Vânia (PSDB) e Flexa Ribeiro (PSDB) foram reeleitos, e os "novatos" Aécio Neves (PSDB), Paulo Bauer (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB) completam a bancada.
O PT começará a próxima legislatura como segundo maior partido no Senado, com 11 dos seus 15 senadores eleitos no pleito de 2010, nove pela primeira vez: Jorge Viana (AC), Walter Pinheiro (BA), José Pimentel (CE), Humberto Costa (PE), Wellington Dias (PI), Gleisi Hoffmann (SC), Lindberg Farias (RJ), Ângela Portela (RR) e Marta Suplicy (SP). Foram reeleitos os senadores Paulo Paim (RS) e Delcídio Amaral (MS).
Da Legislatura passada ficaram os senadores Eduardo Suplicy (SP) e Aníbal Diniz (AC), que assumiu a vaga do governador Tião Viana. O partido, porém, foi beneficiado com a posse de Ana Rita Esgário (ES), na vaga do governador Renato Casagrande (PSB); e do suplente João Pedro (AM), na vaga do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR).
A supremacia partidária no Senado continua com o PMDB, único partido a conseguir eleger candidatos nas duas vagas de um mesmo estado. E o fez por duas vezes, ao garantir, no Maranhão, João Alberto e Edison Lobão (que dará lugar ao suplente Lobão Filho (PMDB) para reassumir o ministério de Minas e Energia); e, na Paraíba, com Vital do Rego Filho (Vitalzinho) e Wilson Santiago.
Vital e Wilson são dois dos sete estreantes do PMDB no Senado, lista completada por Eduardo Braga (AM), Eunício de Oliveira (CE), Ricardo Ferraço (ES), Waldemir Moka (MS) e Luiz Henrique da Silveira (SC). Além de Lobão, foram reeleitos Renan Calheiros (AL), Gilvam Borges (AP), Valdir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR). Também eleitos em 2010, Roberto Requião (PR) e João Alberto já foram senadores em outras legislaturas, assim como Casildo Maldaner (SC) - que assume os quatro anos restantes do mandato do governador Raimundo Colombo (DEM).
A exemplo de Casildo, Garibaldi Alves (RN) completa os quatro anos de mandato da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Da legislatura passada, permanecem José Sarney (AP), Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), totalizando 19 senadores.
Agência Senado
A mudança mais significativa veio par o DEM, que viu sua bancada despencar dos 13 representantes na atual legislatura para apenas cinco na próxima. O Democratas ficará em quarto lugar em número de representantes no Senado Federal (ao lado do PP e do PR), sendo suplantado pelo PTB.
O partido logrou eleger apenas dois senadores, ambos reeleitos, o líder José Agripino (RN) e o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Demóstenes Torres (GO). Manteve da legislatura passada os senadores Maria do Carmo Alves (SE), Kátia Abreu (TO) e Jayme Campos (MT), mas perdeu as vagas dos já governadores Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC) e do falecido Eliseu Resende, cujos suplentes não pertencem ao partido.
Rosalba foi substituída por Garibaldi Alves (PMDB), pai do atual e reeleito senador Garibaldi Alves Filho, que será o ministro da Previdência. Colombo foi substituído pelo senador Casildo Maldaner (PMDB) e Eliseu terá em sua vaga Clésio Andrade (PR).
Crescimento
Com a posse de Clésio Andrade, o PR também terá cinco senadores na próxima Legislatura, o mesmo que o DEM e o surpreendente PP. Até a legislatura passada, o PP tinha apenas um senador, Francisco Dornelles (PP-RJ). Outros quatro foram eleitos em outubro passado: Ana Amélia Lemos (RS), Benedito de Lira (AL), Ciro Nogueira (PI) e Ivo Cassol (RO). Um crescimento de 400%.
A bancada do PR se completa com os senadores eleitos Blairo Maggi (MT) e Vicentinho Alves (TO) e os reeleitos João Ribeiro (TO) e Magno Malta (ES). O partido poderia ser a quarta maior bancada do Senado, ao lado do PTB, com seis senadores, não fosse o retorno ao Ministério dos Transportes do senador Alfredo Nascimento (AM), novamente substituído pelo primeiro suplente, João Pedro (PT).
Embora o governador capixaba Renato Casagrande tenha sido substituído pela suplente Ana Rita Esgário (PT), o PSB ganhou um senador em relação à bancada de 2006. A partir de 1º de fevereiro, estará representado pelos recém-eleitos Lídice da Mata (BA), Rodrigo Rollemberg (DF) e Antônio Carlos Valadares (SE) - este reeleito para o terceiro mandato consecutivo.
O PSB ainda está atrás do PDT, cuja participação caiu de seis para quatro representantes: os remanescentes João Durval Carneiro (BA) e Acir Gurgacz (RO), o estreante Pedro Taques (MT) e o reeleito Cristovam Buarque (DF).
O senador Inácio Arruda (CE) ganhou a companhia da senadora eleita Vanessa Grazziotin (AM), dobrando a bancada do PCdoB no Senado. O PSOL perdeu o senador José Nery (PA), mas viu eleitos em 2010 Randolfe Rodrigues (AP) e Marinor Brito (PA), também duplicando o número de representantes.
Nanicos
Ao assumir o ministério da Previdência, o reeleito senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) cedeu o lugar ao suplente Paulo Roberto Davim, dando assim continuidade à representação do PV no Senado Federal, atualmente ocupada pela senadora Marina Silva (PV-AC), cujo mandato se encerra em 31 de janeiro. O mesmo acontece com o PSC, que perde o senador Mão Santa (PI), mas ganha Eduardo Amorim (SE), eleito em 2010.
As eleições de Itamar Franco (PPS) e Sérgio Petecão (PMN) também garantem a presença de seus partidos no Senado. O PRB continua representado pelo senador Marcelo Crivella (RJ).
Grandes
Na situação inversa à do PP, em 2010 o PTB elegeu apenas o senador Armando Monteiro (PE), mas se mantém entre os mais representados, com a permanência, desde a legislatura anterior, de Fernando Collor (AL), Gim Argello (DF), Epitácio Cafeteira (MA), João Vicente Claudino (PI) e Mozarildo Cavalcanti (RR). Com isso, passará a ser a quarta maior força no Senado, superado apenas por PMDB, PT e PSDB.
Na oposição, como o DEM, o PSDB viu sua bancada murchar de 16 para dez senadores na próxima Legislatura, perdendo para o PT a condição de segunda maior bancada. Metade é remanescente da legislatura passada: Marisa Serrano (MS), Mário Couto (PA), Cícero Lucena (PB), Alvaro Dias (PR) e Cyro Miranda (GO) - este assume o mandato do governador de Goiás, Marconi Perillo. Lúcia Vânia (PSDB) e Flexa Ribeiro (PSDB) foram reeleitos, e os "novatos" Aécio Neves (PSDB), Paulo Bauer (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB) completam a bancada.
O PT começará a próxima legislatura como segundo maior partido no Senado, com 11 dos seus 15 senadores eleitos no pleito de 2010, nove pela primeira vez: Jorge Viana (AC), Walter Pinheiro (BA), José Pimentel (CE), Humberto Costa (PE), Wellington Dias (PI), Gleisi Hoffmann (SC), Lindberg Farias (RJ), Ângela Portela (RR) e Marta Suplicy (SP). Foram reeleitos os senadores Paulo Paim (RS) e Delcídio Amaral (MS).
Da Legislatura passada ficaram os senadores Eduardo Suplicy (SP) e Aníbal Diniz (AC), que assumiu a vaga do governador Tião Viana. O partido, porém, foi beneficiado com a posse de Ana Rita Esgário (ES), na vaga do governador Renato Casagrande (PSB); e do suplente João Pedro (AM), na vaga do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR).
Duplo-duplo
A supremacia partidária no Senado continua com o PMDB, único partido a conseguir eleger candidatos nas duas vagas de um mesmo estado. E o fez por duas vezes, ao garantir, no Maranhão, João Alberto e Edison Lobão (que dará lugar ao suplente Lobão Filho (PMDB) para reassumir o ministério de Minas e Energia); e, na Paraíba, com Vital do Rego Filho (Vitalzinho) e Wilson Santiago.
Vital e Wilson são dois dos sete estreantes do PMDB no Senado, lista completada por Eduardo Braga (AM), Eunício de Oliveira (CE), Ricardo Ferraço (ES), Waldemir Moka (MS) e Luiz Henrique da Silveira (SC). Além de Lobão, foram reeleitos Renan Calheiros (AL), Gilvam Borges (AP), Valdir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR). Também eleitos em 2010, Roberto Requião (PR) e João Alberto já foram senadores em outras legislaturas, assim como Casildo Maldaner (SC) - que assume os quatro anos restantes do mandato do governador Raimundo Colombo (DEM).
A exemplo de Casildo, Garibaldi Alves (RN) completa os quatro anos de mandato da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Da legislatura passada, permanecem José Sarney (AP), Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), totalizando 19 senadores.
Agência Senado
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