O humor é um dos ingredientes principais do repente nordestino. E quando essa capacidade para fazer rir encontra uma cara - mesmo que nada bonita - a risada é certa. É assim que o potiguar Raimundo Ferreira Campos vive há dez anos como o malicioso Coroné Cafuçú, personagem que tira do interior nordestino a sua visão de comédia. O coroné, que circula por estúdios de rádioS e palcos, está trabalhando agora o seu terceiro CD, "Humor, Forró e Poesia", lançado recentemente. Todas as composições são assinadas pelo próprio artista.
Coroné Cafuçú se apresenta em eventos diversos, de casas de shows a festas de padroeiro, tendo como base Currais Novos. O novo CD é uma amostra de tudo que ele passa em imagem e humor, 'nordestinidade' para fazer rir e dançar. "Gravei músicas e declamações de poemas matutos, tudo dentro do universo regional", diz. O disco traz desde arrasta-pés com zabumba, pandeiro e triângulo, como "Forró do Coroné" e "São João na terra nossa", até narrativas sertanejas ao som do violão de Tico da Costa e o clarinete de Urbano Medeiros. O Cafuçu também faz rir sem acompanhamento musical, como em "Por que casei com Toinha". E por aí vai. A produção é do Maestro Bembem.
Raimundo, o criador do Cafuçú, é defensor ferrenho da cultura nordestina que seu personagem representa. Ele conta que o personagem nasceu através do rádio. "Eu era roceiro e violeiro, até ir para a rádio Ouro Branco, em Currais Novos. Apresentava diariamente o programa 'Vivência Sertaneja', onde contava causas e piadas, e adágios musicais, tudo na base do improviso. Tudo terminava em repente. Há ainda a interação com ou ouvintes, o que me levou a criar o Coroné Cafuçú, o tipo de gente que fazia eles rirem muito", conta.
Quando o Coroné ganhou as ruas, teve que receber um visual à altura. Trajado com um amarfanhado paletó, óculos escuros, chapéu de couro e uma falsa barba por fazer, o Cafuçu é adepto do "quanto mais feio, melhor", ressalta Raimundo Ferreira. "O visual é um recurso para expressar o humor, mas o personagem se impõe mesmo é pela língua afiada. O segredo é ter raciocínio rápido e presença de espírito nas respostas. É algo que eu aprendi de tanto observar, ouvir e acompanhar os repentistas, os verdadeiros mestres no assunto", afirma.
A maior inspiração do Coroné Cafuçú é o meio onde vive - o interior do Nordeste - apesar dele afirmar que o "poeta já nasce inspirado". "A poesia vem do íntimo, o que surge é a ocasião de fazer a inspiração despertar. Se a inspiração só viesse daquilo que a gente vê, não existiria poeta cego", brinca e filosofa ao mesmo tempo.
Ele se define como um "poeta da resposta". Uma brincadeira que o coronel comediante leva a sério. "Acredito que o humor é capaz de salvar o mundo. Através dele a gente pode denunciar e abordar temas como desigualdade e pobreza", analisa. Raimundo Campos, nascido em Luís Gomes, já levou seu personagem a paragens variadas como Natal (no Teatro Alberto Maranhão, ao lado de Tico da Costa), Mossoró, todo o Seridó, Ceará e Paraíba.
Contatos pelo 9694-6295, 3431-1596, 8831-3067.
Coroné Cafuçú se apresenta em eventos diversos, de casas de shows a festas de padroeiro, tendo como base Currais Novos. O novo CD é uma amostra de tudo que ele passa em imagem e humor, 'nordestinidade' para fazer rir e dançar. "Gravei músicas e declamações de poemas matutos, tudo dentro do universo regional", diz. O disco traz desde arrasta-pés com zabumba, pandeiro e triângulo, como "Forró do Coroné" e "São João na terra nossa", até narrativas sertanejas ao som do violão de Tico da Costa e o clarinete de Urbano Medeiros. O Cafuçu também faz rir sem acompanhamento musical, como em "Por que casei com Toinha". E por aí vai. A produção é do Maestro Bembem.
Raimundo, o criador do Cafuçú, é defensor ferrenho da cultura nordestina que seu personagem representa. Ele conta que o personagem nasceu através do rádio. "Eu era roceiro e violeiro, até ir para a rádio Ouro Branco, em Currais Novos. Apresentava diariamente o programa 'Vivência Sertaneja', onde contava causas e piadas, e adágios musicais, tudo na base do improviso. Tudo terminava em repente. Há ainda a interação com ou ouvintes, o que me levou a criar o Coroné Cafuçú, o tipo de gente que fazia eles rirem muito", conta.
Quando o Coroné ganhou as ruas, teve que receber um visual à altura. Trajado com um amarfanhado paletó, óculos escuros, chapéu de couro e uma falsa barba por fazer, o Cafuçu é adepto do "quanto mais feio, melhor", ressalta Raimundo Ferreira. "O visual é um recurso para expressar o humor, mas o personagem se impõe mesmo é pela língua afiada. O segredo é ter raciocínio rápido e presença de espírito nas respostas. É algo que eu aprendi de tanto observar, ouvir e acompanhar os repentistas, os verdadeiros mestres no assunto", afirma.
A maior inspiração do Coroné Cafuçú é o meio onde vive - o interior do Nordeste - apesar dele afirmar que o "poeta já nasce inspirado". "A poesia vem do íntimo, o que surge é a ocasião de fazer a inspiração despertar. Se a inspiração só viesse daquilo que a gente vê, não existiria poeta cego", brinca e filosofa ao mesmo tempo.
Ele se define como um "poeta da resposta". Uma brincadeira que o coronel comediante leva a sério. "Acredito que o humor é capaz de salvar o mundo. Através dele a gente pode denunciar e abordar temas como desigualdade e pobreza", analisa. Raimundo Campos, nascido em Luís Gomes, já levou seu personagem a paragens variadas como Natal (no Teatro Alberto Maranhão, ao lado de Tico da Costa), Mossoró, todo o Seridó, Ceará e Paraíba.
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Tribuna do Norte
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